Entenda como a internet das coisas pode contribuir para o Marketing Digital

De todas as mudanças que a revolução digital dos microcomputadores e dos smartphones trouxe, certamente a mais ousada delas é a da Internet das coisas.

Também chamada IoT (Internet of Things), é verdade que muito do que se diz a respeito da Internet das Coisas ainda está por vir. Contudo, muito do que se imaginava como revolução futura já está aí, pelo menos de modo inicial.

É o caso, por exemplo, de algumas tecnologias automotivas, sobretudo ligadas ao GPS e piloto automático. Bem como da automação industrial e até da residencial, que já permite eletrodomésticos conectados a um comando central da casa.

O interessante é ver como essas transformações irão alterar várias dimensões da nossa vida e da nossa rotina.

De fato, trata-se de uma questão paradigmática, ou seja, uma questão que envolve vários fatores e não apenas a tecnologia ou os hábitos.

Um dos aspectos mais interessantes dessa mudança, efetivamente cultural, é a questão das relações que temos com as marcas e empresas. 

Com o advento da internet e da famosa Geração Z dos “nativos digitais”, esse campo já havia passado por transformações radicais.

Agora, porém, com a IoT isso deve se intensificar de maneira ainda mais acelerada. Então, se você quer ficar por dentro desses assuntos e compreender como o marketing digital se insere nisso tudo, siga até o final na leitura deste post!

Marketing Digital e IoT: uma relação ampla

Para entender a relação entre Internet das Coisas e marketing digital é preciso compreender a essência de ambos os conceitos.

O primeiro deles, como vimos, diz respeito à conexão e interconexão de objetos ou “coisas” por meio da internet. 

Naturalmente, para tanto os sinais de internet não apenas serão melhores do que os atuais, como estarão disponíveis em todos os cantos habitáveis do mundo.

Hoje, uma indústria ou mesmo uma casa já pode contar com vários sensores, que vão desde um sensor de nível de líquido em um tanque ou caixa d’água, até um refrigerador com painel digital e funções interconectadas. 

Entretanto, a IoT projeta o futuro de uma cidade inteligente. Tais cidades deverão contar com milhares ou mesmo milhões de sensores. 

Esses objetos, por sua vez, ajudarão a fazer a gestão do espaço comum: seja para uma simples lixeira inteligente e sustentável, seja em função de câmeras de segurança e policiamento mais eficiente.

O segundo conceito é o de marketing digital. Até pouco tempo atrás, uma empresa que trabalhasse com portão automático basculante e soluções similares investia apenas em outbound marketing e soluções off-lines (ou seja, panfletos, rádio, outdoors e afins).

Atualmente, mesmo uma oficina de bairro precisa de soluções on-line de marketing: website, páginas responsivas para serem acessadas por dispositivo mobile, opção de chatbot para respostas automáticas, redes sociais, blogs e vlogs em função de conteúdos, etc.

Dito assim, já é possível compreender como as duas tendências se relacionam de maneira bastante intensa. Contudo, há mais um fator aí: qual é a essência do marketing, seja o digital ou o tradicional?

O marketing não existiria sem a capacidade de uma empresa em compreender o comportamento das pessoas que compõem seu público-alvo. 

Se um escritório que desenvolve projeto de Terraplenagem não tem informações suficientes do que seu cliente quer, ele não prospera.

Aí é que entra o papel da Internet das Coisas: como ela estará ampliando cada vez mais a quantidade de “coisas” e de pessoas conectadas, ela criará um banco de dados a respeito dos hábitos, comportamentos e anseios da maioria das pessoas.

É nesse ambiente que consiste a relação essencial entre os dois conceitos. Além do mais, caberá ao marketing compreender a fundo todos os serviços e produtos que irão surgir na esteira da IoT, bem como a maneira de tornar a experiência com eles cada vez melhor.

O que muda no marketing do setor automotivo?

Talvez, os exemplos mais ilustrativos da revolução que está por vir sejam os do setor automobilístico e os da automação residencial.

Ao menos, são os mais próximos da maioria de nós, embora algumas mudanças industriais/corporativas também sejam surpreendentes.

A maioria de nós já ouviu dizer, por exemplo, que os robôs de uma indústria realizam feitos incríveis. Ou mesmo que já existem braços mecânicos fazendo cirurgias em seres humanos (embora, por enquanto, com o acompanhamento de um médico).

As mesmas tecnologias que permitem esse tipo de fenômeno já estão no nosso dia a dia, de modo que não é preciso recorrer a exemplos específicos demais. Sobre os veículos, há carros que já possuem dezenas de sensores, porém a verdadeira revolução está por vir.

Trata-se dos projetos atuais que almejam a existência de carros que dispensem o motorista humano. Além de o piloto automático fazer o percurso, graças ao GPS, ele estará conectado aos semáforos, aos demais dispositivos da estrada e aos outros veículos.

Também assim, até pouco tempo atrás, o conserto de macaco hidráulico indicava uma evolução radical, já que esses macacos eram muito mais fáceis de operar para a troca comum de pneus.

Hoje, no entanto, já se fala em pneus que, após furar ou murchar, enchem-se sozinhos. O recurso existe graças a uma câmara de ar emergencial e à interconexão digital do veículo.

Nos dois casos, as possibilidades que o marketing digital encontra são incríveis. No cenário do piloto automático entra o elemento da ociosidade, que certamente fará o motorista se conectar à internet e navegar em busca dos conteúdos de seu interesse.

Ao gerar esse histórico de tráfegos ele emite o seu perfil. Com isso é possível tornar a experiência de locomoção dele mais interessante, por meio de produtos e serviços que sejam pertinentes a esse novo estilo de vida. Isso cabe ao marketing digital.

As soluções podem ir desde produtos de consumo universal, como roupas, alimentação e tecnologia, até outras mais nichadas, a depender da profissão da pessoa.

Do mesmo modo, o marketing digital de uma empresa de transporte de máquinas pesadas pode ter de se reformular totalmente em função dessa novidade.

Sobretudo, porque as movimentações de carga também são feitas por meio de veículos e caberia entender como tal serviço reagirá aos pilotos automáticos.

Como a domótica mudará a rotina das pessoas

Como vimos, a mudança nos hábitos de consumo e na relação das pessoas com as “coisas” traz uma mudança/desafio para o marketing digital de qualquer empresa.

Também vimos que a IoT não apenas trará desafios para o marketing, como algumas possibilidades incríveis, já que a relação entre ambos é produtiva e de troca.

Nessa relação será possível criar e otimizar processos de modo dinâmico e incrível. De fato, para conseguir mais leads, um empreendimento contará com dados emitidos pelos novos aparelhos de tecnologia, como um smartphone, um relógio inteligente, ou mesmo um tablet.

Mas, não para por aí. Afinal, acima falamos sobre o setor de automação residencial esse segmento e contexto é muito amplo e pode ser muito explorado.

Também chamada domótica (mistura de “domus”, que é casa em latim, com “robótica”), esse segmento já tem apresentado novidades inimagináveis.

Recentemente, uma mudança radical que ocorreu no Brasil foi a do Sistema de medição individualizada de água e de gás em condomínios residenciais. Hoje, ela tem alcance federal e é obrigatória, sob força de lei.

O interessante é que a implementação técnica desse recurso já exigiu algumas interfaces tecnológicas e até conexão com servidores a distância. 

No entanto, a revolução da domótica vai muito além e hoje inclui aspectos como:

  • Portas e portões;
  • Som e temperatura;
  • Janelas e cortinas;
  • Limpeza e organização.

Em termos de segurança, não é preciso dizer o quanto uma porta que só abre por comando de voz, digital ou mesmo pela íris dos olhos do dono, é um avanço, certo? O interessante é como o marketing digital terá de se aprofundar nesses novos portfólios.

A climatização e o som ambiente das casas inteligentes se acionam sozinhos, assim que a pessoa entra no ambiente. Também neste caso, isso permite à pessoa perder menos tempo, o qual certamente ela investirá navegando na internet.

Além disso, as janelas e cortinas podem ser programadas para abrir em determinada hora do dia. Já os rodapés contam com sistemas de aspirador de pó que limpam a casa sozinhos.

Conclusão: uma revolução comercial e cultural

Essas tecnologias incríveis da IoT não surgiram do nada, como atestado acima. Desse modo, é possível rastrear a evolução de cada setor, como na própria área das edificações residenciais, que até há algumas décadas só conheciam levantamentos topográficos feitos à mão.

Ao passo em que, mais recentemente, com a disseminação da informática, surgiram técnicas tridimensionais e de levantamento planialtimétrico

Tais recursos permitem aos engenheiros da área muito mais segurança e agilidade na hora de construir edificações.

É justamente nesse aumento generalizado de produção que está a essência não apenas da IoT, como do marketing digital, uma vez que sem ele não seria possível comercializar a infinidade de novas soluções que surgem a cada dia que passa.

Graças a tudo isso, por exemplo, hoje um escritório qualquer pode comprar e revender equipamentos para tratamento de efluentes industriais.

Além disso, esses maquinários têm peças que são fabricadas em dezenas de países diferentes, montados no mercado estrangeiro e exportados para cá, onde são comercializados.

Por esse motivo, todos os empreendedores e empresas, de pequeno, médio ou grande porte, precisam acompanhar essa revolução comercial e cultural pela qual estamos passando.

Também é verdade que só assim será possível garantir processos que evoluam junto com os hábitos das pessoas e garantir um crescimento sustentável da carteira de clientes.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

 

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